terça-feira, 22 de junho de 2010

A importância da família...



Como mencionei no texto anterior (O encantamento...), não me faltam assuntos para escrever. Pelo contrário!! Minha cabeça agora é um frenesi de idéias. Quero falar dos amigos, da família, drogas, mercado de trabalho... enfim, resolvi falar agora da família. Do quanto é importante ter uma família estruturada e equilibrada. Mas por que falar sobre este assunto?

Esta semana, como de costume, estive na casa de minha mãe e conversei com minha irmã, Cléoma, sobre nossa família. Falamos sobre o que representa para nós chegarmos em casa e vermos os nossos pais juntos, e lamentamos o fato de hoje as pessoas não fazerem mais esforços para constituírem e permanecerem em suas famílias. Eu sei o quanto é difícil a convivência a dois (já vivi alguns relacionamentos). Mas sei também que falta paciência nas pessoas para permanecerem em suas relações. Falta responsabilidade no cumprimento de suas palavras e decisões. As brigas banais, a falta de diálogo, a busca incessante por uma melhor qualidade de vida, a correria do dia a dia, a pressão do capitalismo e o consumismo do mundo moderno fazem as pessoas esquecerem a cada dia desta instituição destinada ao homem e determinada por Deus.

Nesta mesma conversa (com minha irmã), comentamos também o papel dos pais na formação dos filhos. E vi minha irmã dizer que se não fosse a rigidez de minha mãe em sua vida, teria se perdido por conta de uma escolha errada que fez quando adolescente. Lembro de suas palavras: “ não sei onde estava com a cabeça quando agi assim. Se não fosse minha mãe, teria colocado toda minha vida a perder”. E juntas continuamos a refletir sobre o papel dos pais. Em como devem agir. A que ponto devem dar liberdade aos seus filhos? Lembro-me, pessoal, que quando tinha 11 anos tive meu diário arrombado por minha mãe. E aquilo me revoltou. Hoje vejo que minha mãe estava correta em fazer o que fez. Sabem por quê? Ali, ela podia saber um pouco mais de minha vida, já que não me abria. Ali, podia saber o que eu fazia, se andava com alguém errado, se estava fazendo alguma coisa de errado ou não. A princípio parece absurdo meu pensamento e sua atitude; mas pessoal, como filha vos digo, não foi. Os adolescentes não sabem lidar com liberdade. E não sabem mesmo. Acham os pais chatos e vão na onda dos amigos. E é aí que muitos se perdem.

Comentei com meu namorado, semana passada e com alguns conhecidos sobre a reportagem da revista Época deste mês. A revista tem como tema central as drogas. E fala da importância do papel dos pais na vida dos jovens. As famílias estão perdendo seus filhos para o mundo das drogas! Tenho medo de ter um filho e perdê-lo também. Comentei com meu namorado sobre o assunto e meu medo. E ele concordou comigo. Pensamos e penso qual seria a melhor criação. Pode até perecer absurdo, mas caio na minha. Na criação dada pelos meus pais. Sim, nesta mesma! Com rigidez e autoritarismos. Não vejo outra melhor. Muitas vezes eu e meus irmãos nos pegamos pensando e agindo como nossos pais, quando se trata de minha irmã caçula de 16 anos. Às vezes, nos comparo a urubus de olho na carniça. É, cuidamos dela, sim. Com rigidez também. Mas por trás dos bastidores. Não deixamos ela perceber que a observamos a todo instante. E que estamos prontos para agir com garra em sua preservação. E assim vamos tomando o papel dos nossos pais para com ela e compreendendo-os para conosco.


Por isso, hoje reflito e venho refletindo sobre este assunto e agradeço aos meus pais por tudo. Ainda brigamos, discutimos, nos machucamos. Mas vos digo, não quero ficar sem eles. Eles mantém nossa família equilibrada. Não sei como teria sido nossas vidas se um dia tivessem se separado. Nem sei como será se um dia isto vier a acontecer. Sofreremos muito. Nos desestruturaremos. Vamos viver, sim. Mas sem o mesmo equilíbrio. Por isso peço a todos que aqui me acompanham que permaneçam unidos em suas famílias pelos seus filhos. É difícil! Mas vale à pena. Um dia vocês verão como meus pais vêem agora o resultado de seus esforços, de suas abdicações. Eles são para nós motivo de orgulho e exemplo. Obrigada meus pais!!

2 comentários:

  1. Amiga, belas palavras, de uma certa forma me alegro pro perceber que os valores não estão totalmente perdidos, as coisas ainda não estão 100% banalizadas...penso assim também..parabéns pela percepção!

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  2. Obrigada, amiga!! Sobram-me palavras para completar este texto. É muita coisa que penso sobre este assunto, mas faltaria paciência para quem fosse ler. Talvez sim, tavez não, mas não quis arriscar. Deixemos para o próximo!! Beijos minha amiga!!

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