quinta-feira, 1 de julho de 2010

Satisfação...


Esta semana passou na TV um filme que gosto muito e que passa-nos uma graNegritonde lição de vida. Click. Este mostra a vida de um homem que perde tudo que tem e as pessoas que amava na busca incessante de ter dinheiro, de ter uma posição melhor socialmente. Como ele faz isso? Ganha de presente do anjo da morte um controle remoto que manipula a vida e todos que estão ao seu redor. E aos poucos ele vai destruindo sua própria vida. Quando se dá conta do que perdeu, é tarde. E o anjo da morte vem lhe buscar. Todavia, ele tem uma segunda chance. Porém com sabedoria. E a gente? Tem uma segunda chance?

Meu pai diz que a vida é fácil, nós que complicamos. Às vezes penso como ele. Acho que a vida é realmente fácil. Mas diante de uma infinidade de pessoas, todas se queixando da vida, me pergunto se é realmente fácil. Fico observando as vidas ao meu redor. Seria tão mais fácil se não questionássemos regras ou a própria vida. Seria tão mais fácil se vivêssemos “como manda o figurino”.

Por que não nos contentamos com aquilo que temos? Por que nunca estamos satisfeitos com nada? Lembro-me de uma vez, quando estava muito triste e me questionando por não estar satisfeita com o que a vida havia me proporcionado minha irmã me respondeu muito sabiamente: - porque quando o homem atinge a satisfação plena, ele deixa de existir. E é verdade! Ela tem razão. Na mesma hora entendi porquê estamos sempre buscando coisas novas.

O problema é que precisamos estar atentos a esta insatisfação que passa a ser plena. Precisamos ser críticos, severos conosco, pois esta insatisfação pode virar uma doença, paranóia. Podemos até deixar de existir por causa dessa insatisfação. Ou seja, a busca incessante por algo novo pode deixar de ter sua essência, seu significado. O que quero dizer com isso é que podemos deixar de viver realmente a vida por viver buscando sempre algo novo, por não estarmos satisfeitos nunca.

Não sei no que a vida me transformou. Apenas sei que me considero hoje alguém mais evoluída. Me desapeguei aos bens materiais, eu acho. Sei que são importantes para a vida aqui na Terra, mas não me apego a nada. Como diz um amigo meu (Ricardo): temos que sair bonito na foto para levá-la para uma outra vida após a morte. E lá mostrá-la como vivemos aqui nesta vida. Ainda não sei como será a minha, mas venho me esforçando para ser a mais bonita que posso ter. Precisamos ser pessoas melhores, pois o tempo dos homens é diferente o tempo divino.

terça-feira, 22 de junho de 2010

A importância da família...



Como mencionei no texto anterior (O encantamento...), não me faltam assuntos para escrever. Pelo contrário!! Minha cabeça agora é um frenesi de idéias. Quero falar dos amigos, da família, drogas, mercado de trabalho... enfim, resolvi falar agora da família. Do quanto é importante ter uma família estruturada e equilibrada. Mas por que falar sobre este assunto?

Esta semana, como de costume, estive na casa de minha mãe e conversei com minha irmã, Cléoma, sobre nossa família. Falamos sobre o que representa para nós chegarmos em casa e vermos os nossos pais juntos, e lamentamos o fato de hoje as pessoas não fazerem mais esforços para constituírem e permanecerem em suas famílias. Eu sei o quanto é difícil a convivência a dois (já vivi alguns relacionamentos). Mas sei também que falta paciência nas pessoas para permanecerem em suas relações. Falta responsabilidade no cumprimento de suas palavras e decisões. As brigas banais, a falta de diálogo, a busca incessante por uma melhor qualidade de vida, a correria do dia a dia, a pressão do capitalismo e o consumismo do mundo moderno fazem as pessoas esquecerem a cada dia desta instituição destinada ao homem e determinada por Deus.

Nesta mesma conversa (com minha irmã), comentamos também o papel dos pais na formação dos filhos. E vi minha irmã dizer que se não fosse a rigidez de minha mãe em sua vida, teria se perdido por conta de uma escolha errada que fez quando adolescente. Lembro de suas palavras: “ não sei onde estava com a cabeça quando agi assim. Se não fosse minha mãe, teria colocado toda minha vida a perder”. E juntas continuamos a refletir sobre o papel dos pais. Em como devem agir. A que ponto devem dar liberdade aos seus filhos? Lembro-me, pessoal, que quando tinha 11 anos tive meu diário arrombado por minha mãe. E aquilo me revoltou. Hoje vejo que minha mãe estava correta em fazer o que fez. Sabem por quê? Ali, ela podia saber um pouco mais de minha vida, já que não me abria. Ali, podia saber o que eu fazia, se andava com alguém errado, se estava fazendo alguma coisa de errado ou não. A princípio parece absurdo meu pensamento e sua atitude; mas pessoal, como filha vos digo, não foi. Os adolescentes não sabem lidar com liberdade. E não sabem mesmo. Acham os pais chatos e vão na onda dos amigos. E é aí que muitos se perdem.

Comentei com meu namorado, semana passada e com alguns conhecidos sobre a reportagem da revista Época deste mês. A revista tem como tema central as drogas. E fala da importância do papel dos pais na vida dos jovens. As famílias estão perdendo seus filhos para o mundo das drogas! Tenho medo de ter um filho e perdê-lo também. Comentei com meu namorado sobre o assunto e meu medo. E ele concordou comigo. Pensamos e penso qual seria a melhor criação. Pode até perecer absurdo, mas caio na minha. Na criação dada pelos meus pais. Sim, nesta mesma! Com rigidez e autoritarismos. Não vejo outra melhor. Muitas vezes eu e meus irmãos nos pegamos pensando e agindo como nossos pais, quando se trata de minha irmã caçula de 16 anos. Às vezes, nos comparo a urubus de olho na carniça. É, cuidamos dela, sim. Com rigidez também. Mas por trás dos bastidores. Não deixamos ela perceber que a observamos a todo instante. E que estamos prontos para agir com garra em sua preservação. E assim vamos tomando o papel dos nossos pais para com ela e compreendendo-os para conosco.


Por isso, hoje reflito e venho refletindo sobre este assunto e agradeço aos meus pais por tudo. Ainda brigamos, discutimos, nos machucamos. Mas vos digo, não quero ficar sem eles. Eles mantém nossa família equilibrada. Não sei como teria sido nossas vidas se um dia tivessem se separado. Nem sei como será se um dia isto vier a acontecer. Sofreremos muito. Nos desestruturaremos. Vamos viver, sim. Mas sem o mesmo equilíbrio. Por isso peço a todos que aqui me acompanham que permaneçam unidos em suas famílias pelos seus filhos. É difícil! Mas vale à pena. Um dia vocês verão como meus pais vêem agora o resultado de seus esforços, de suas abdicações. Eles são para nós motivo de orgulho e exemplo. Obrigada meus pais!!

O encantamento...



Ontem à noite fui "apresentada" a nova onda do blog, através de uma amiga que amo muito. Ela criou seu blog para relatar, eu acho, os acontecimentos do seu dia a dia. Adorei!! E me tornei sua seguidora. Pra vocês terem idéia da coisa, adorei tanto que nem dormi direito pensando em como ela escreve bem e descreve bem seus sentimentos, coisa que particularmente, não acho fácil. Só conheci uma pessoa assim em 27 anos de vida, que foi um ex-namorado. Até hoje me encanto com tamanha facilidade de externar suas emoções. Acredito que tamanho encantamento seja nada mais nada menos do que vontade de externar os meus também. Mas como supracitado, não acho fácil. Tenho consciência de que talvez esta apresentação tenha sido um pouco tarde, uma vez que já tinha ouvido falar em blog, twiter e outras coisas mais do mundo virtual que neste momento me fogem à mente. Confesso a vocês que já tinha visto um blog e até lido comentários que nele havia sido postado. Mas não me interessei. Talvez seja porque os comentários dele (o blog que conheci anteriormente) não me pareceram interessantes a ponto de me chamar a atenção para este tipo de "ferramenta".

Mas vamos lá para o real motivo que me despertaram vontade de criar o meu blog e agora me fazem marcar presença neste mais novo mecanismo do mundo virtual. Dizem que era e é à noite que os grandes escritores, poetas, criadores, etc, etc, etc, desenvolvem suas criações, artes... bom, escritora não sou, nem tão pouco poeta, criadora... sou apenas alguém que durante à noite não dorme bem, pensando na vida, nas pessoas, nos fatos e acontecimentos do dia. Sempre digo que herdei da minha mãe esta deficiência (falta de sono ou descanso da mente, ainda não encontrei nome apropriado para descrevê-la). Como ultimamente minhas noites e dias têm sido marcados pela angústia e aflição do peso da maturidade, a perda de mais uma noite não teria feito diferença, exceto pelo "tal encantamento" do blog da minha amiga. Falando assim pode-se pensar até que quero copiá-la ou me igualá-la, mas não é. E quem me conhece sabe que não é mesmo.

É que, como falei antes, o peso da maturidade vem me tirando a paz interior que antes reinava em meu ser. E foi através do blog de Cris Estrela que vi a possibilidade de externar os meus sentimentos e aflições (coisa que antes nunca havia feito nem tentado) e me compreender melhor, coisa que busco insensantemente. Além de poder compartilhar com amigos os meus momentos e ouvir suas opiniões a respeito deles, o que já é normal. Mas aí veio a grande dúvida! Escrever o que? De que maneira? Com que palavras? De que forma? E me veio à mente os textos que escrevia na escola quando a professora nos preparava para as redações dos vestibulares. Pensei em como eu escrevia (acho que era razoavelmente bem, pois em muitos tirava notas boas) e lembrei das palavras de uma professora de redação, que eu adorava, chamada Márcia Baqueiro (sinto vontade de revê-la professora), que uma vez me disse que conhecia a minha forma de escrever e a minha letra, pois eram minhas características, quando em um texto não coloquei meu nome. Achei fantástico!! Eu tinha uma "forma de escrever"? Eu não sabia como aquilo era possível. Mais tarde entendi o que a professora havia falado com "forma de escrever", quando passei a ler livros de diversos autores.


Logo, sem mais querer perder tempo, resolvi levantar da cama bem cedo e criar o meu próprio blog e assim começar a externalizar os meus momentos, poucos conhecimentos e dia a dia, talvez. O que virá neste blog daqui pra frente eu não sei. Só sei que buscarei o máximo possível ser assídua e rotineira no meu computador, mas agora de maneira bem mais útil. Acho que já me extendi demais neste texto. Vocês já devem estar entediados. Mas para finalizar, deixo aqui os meus maiores agradecimentos a minha amiga, que de forma involuntária, me mostrou um excelente caminho para compreensão e busca de aprimorar os meus conhecimentos (sim, porque para escrever aqui vou pesquisar todos os dias algo interessante ou no mínimo recorrer ao dicionário para não escrever besteiras ou cometer erros de português (acho que a perfeição não conseguirei atingir, mas me esforçarei)). A vontade de escrever é grande. Não me faltam assuntos. Todavia, sei que aqui não cabem mais palavras. Então, fiquem com Deus e até o próximo texto.